Opinião

Teorias rurais

25 nov 2016 00:00

A presença de passantes de etnia estrangeira já se nota bastante, assim como o esforço desenvolvido para os entreter com coisas bonitas.

As pessoas com o curioso hábito de comer pão viveram no passado fim-de- -semana um momento bem interessante, com a realização de uma Soup fest (ou Festival das Sopas) em Montemor-o-Novo, lugar situado na remota província do Alentejo. Há de facto "malucos para tudo", e não foram poucos os conhecidos com que me cruzei no recinto consagrado à prova das sopas.

Como na maior parte das vezes a minha carroça dispensa este tipo de alimento, abusei da boleia de um romeiro meu conhecido para visitar o Fluviário de Mora, e para assistir ao lançamento da primeira das três pedras que servirão para a construção de um novo dólmen na região. A presença de passantes de etnia estrangeira já se nota bastante, assim como o esforço desenvolvido para os entreter com coisas bonitas. O lançamento da primeira pedra do dólmen insere-se precisamente nesta política (atenta) de valorização e criação de património local.

De regresso ao norte recebi um convite para jantar no restaurante Kanazawa, em Algés (uma simpática povoação na margem norte da foz do rio Tejo, com boas acessibilidades, vistas desafogadas e ar fresco). Prometeram-me, para desenjoar, uma refeição sem pão. O colega que me conduziu, grande consumidor de chanfana e outras iguarias à base de caprinos de idade avançada, surpreendeu-me com a sua opção nipónica. Iria fazer uma refeição completa sem a presença de azeite (e sobreviver)?!

*Investigador

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