Opinião

Reprodução autorizada

13 out 2017 00:00

Esta manifestação que poderia intitular de «apropriação cultural», preferindo dizer «réplica arquitetónica», encontra-se visível perto de Leiria, mas com um outro princípio e significado do qual falarei mais adiante.

O primeiro caso constatado que tive desta dita apropriação teve lugar durante uma viagem à Costa do Marfim, onde a Basílica de Nossa Senhora da Paz de Yamoussoukro, à semelhança da catedral de São Pedro em Roma, fez espelho. Esta apropriação cultural está hoje em voga na China, existindo anteriormente outros exemplos como em Las Vegas a cópia da Torre Eiffel.

Hoje outros parques temáticos apropriam-se de símbolos e estilos arquitetónicos e recriam-os noutros contextos. Em Nova Iorque a Catedral de São João, o Divino, que não sendo uma cópia de outra catedral é cópia de um estilo, o neogótico, que procura reavivar as formas góticas medievais, em contraste com os estilos clássicos dominantes.

No início dos anos 2000, a China começou a construir imitações das cidades ocidentais. É possível visitar réplicas de cidades inglesas, suíças e californianas sem sair do país - e se forem a Tianducheng podem encontrar-se em Paris.

Tianducheng foi originalmente concebida como um destino para os turistas chineses (possui a sua própria Torre Eiffel e os Campos Elísios), mas devido ao seu tamanho, localização e planeamento precário, a cidade abriga apenas uma fração da população para a qual foi construída. Podem ver na internet o vídeo de Jamie xx Gosh dirigido por Romain Gavras, onde a apropriação cultural e social joga com a simbologia e respetivos ícones das duas

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