Sociedade

Reforma? "Parar é começar a morrer"

7 jul 2016 00:00

Têm mais de 80 anos, mas não pensam parar de trabalhar. Continuam a ter responsabilidades nas empresas que criaram ou herdaram, onde vão todos os dias, e acreditam que manter-se activos é o melhor remédio

reforma-parar-e-comecar-a-morrer-4579
Raquel de Sousa Silva

Desde muitos jovens que “revelaram características inatas para criarem negócios, fazê-los crescer, criar emprego e riqueza”. Foram o que hoje se designa de empreendedores. Apesar de terem, muitos deles, vivido infâncias difíceis. Mas arregaçaram as mangas e foram à luta.

“Arriscaram e com grande empenho, dedicação e esforço criaram empresas que hoje se destacam no plano empresarial regional e até nacional”, contribuindo para que “o tecido empresarial da região seja hoje conhecido e reconhecido em todo o País como um dos mais dinâmicos, diversificados e sólidos”.

Na semana passada, a Nerlei atribuiu o Prémio Carreira a 13 empresários com mais de 80 anos que ainda se mantêm ligados às empresas que criaram ou ajudaram a crescer. O JORNAL DE LEIRIA falou agora com alguns deles e conta-lhe aqui as suas histórias.

 

António Ritto: Dias normais de trabalho na Plásticos de Santo António

Todos os dias vai à empresa, mesmo ao sábado. António Ritto, 81 anos, é administrador da Plásticos de Santo António, em Leiria, onde chega sempre por volta das 9:30 horas. “Dou-me a esse luxo”, diz, adiantando que até há quatro meses chegava meia-hora mais cedo. Sai para almoçar à mesma hora do pessoal, regressa ao escritório e ao fim do dia sai também à hora normal de saída. Ou seja, cumpre um dia normal de trabalho.

E o que faz António Ritto na PSA? É sua, por exemplo, a responsabilidade da compra de matérias-primas. “Vejo no computador, diariamente, o que se está a consumir e quais as necessidades. Tenho de contactar com os vários fornecedores para saber os preços, porque funcionam como as acções, sobem e descem. Por isso, é preciso saber que stocks temos e prever as nossas necessidades, para comprarmos quando os preços estão em baixa”, explica.

O administrador também confere e assina as facturas para pagamento. E tem igualmente uma “palavra a dizer” no que toca a vencimentos dos funcionários e a decisões relacionadas com a estratégia da empresa. No fundo, divide a gestão da empresa de Leiria com o filho Miguel.

Leia mais na edição impressa ou torne-se assinante para aceder à versão digital integral deste artigo.