Sociedade

Mais de 20 anos a acelerar em competições nacionais

5 jul 2016 00:00

Ramiro Fernandes, uma vida dedicada ao mundo automóvel.

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Confessa-se um apaixonado por cruzeiros, mas foi ao volante de automóveis que Ramiro Fernandes atingiu notáveis resultados. A paixão pelos carros corre-lhe nas veias desde que se lembra, no entanto revela que nunca sonhou ser piloto de automóveis. Apesar disso, foi essa paixão, posteriormente aliada à actividade profissional, que o lançou para competições regionais e nacionais.

Ramiro Fernandes nasceu no dia 12 de Setembro de 1944 nos Moinhos da Barosa, em Leiria, localidade onde ainda hoje reside. O gosto pelos automóveis fez com que, aos 16 anos de idade, optasse por estudar de noite e trabalhar de dia, de modo a conciliar os estudos com aquilo que mais gostava de fazer. Começou por trabalhar na Opel e na Ford e mais tarde mudou para a Fiat. E foi nesta empresa que surgiu a oportunidade de começar a participar em corridas de alta velocidade.

Iniciou-se em provas de perícia aos 18 anos – quando tirou a carta de condução – mas rapidamente partiu para campeonatos regionais e nacionais. Na época em que competia havia uma distinção entre o grupo A e o grupo N. O grupo N abrangia os carros com menos modificações e era neste que Ramiro Fernandes se inseria. Os carros pertenciam à empresa e as modificações eram feitas com apoios vindos de Itália, onde iam buscar algumas peças. Neste Grupo N conseguiu, por diversas vezes, alcançar o primeiro lugar. Em campeonatos regionais, conseguiu a 4.ª posição. Já em provas nacionais, o melhor resultado de Ramiro Fernandes foi o 6.º lugar.

Para o piloto, o verdadeiro desafio nas provas do Rali de Portugal estava em conseguir alcançar a meta, independentemente da classificação que obtivesse. Os percursos tinham uma extensão de cerca de 50 quilómetros e os pisos eram “muito demolidores”, o que dificultava a conclusão da prova. “Conseguir terminar um Rali de Portugal com um Fiat 127 era excelente. Não é fácil manter o ritmo durante tantos quilómetros, e eu conseguia fazê-lo”, recorda.

“Para mim, estas competições funcionavam como anti-stresse”. Ramiro Fernandes lembra que a partir do momento em que o cronómetro iniciava esquecia-se de tudo o resto. Ignorava o mundo lá fora. Apesar da exigência destas competições, o piloto confessa que no final se sentia “muitos anos mais novo”.

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