Sociedade

Maior diversidade nas ementas escolares conquistaria mais alunos

13 set 2016 00:00

A maior diversidade de ementas ajudaria os jovens a terem outras opções saudáveis e poderia minimizar a 'desculpa' que a comida do refeitório não é saborosa.

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O regresso às aulas é também o regresso de 'dores de cabeça' para os pais, que têm de pensar em soluções diversificadas e saudáveis de lanches para os filhos levarem para a escola todos os dias. Outro problema que, por vezes, enfrentam é a recusa dos alunos em comer na cantina porque a comida “não presta” ou “não gostam”.

Uma das respostas para uma melhor alimentação dentro dos estabelecimentos de ensino pode estar na diversidade de oferta de ementas e, à semelhança do que já sucede com a Escola Secundária Rodrigues Lobo, a disponibilização de micro-ondas para que os estudantes possam trazer comida de casa.

Filipa Correia, nutricionista na Clínica São João da Talha, em Leiria, admite que seria “uma boa solução para os alunos (no secundário)”, pois assim “teriam sempre uma alternativa às sandes e às comidas de fast food”. A especialista admite, no entanto, que esta solução poderá esbarrar num “problema de logística, uma vez que as escolas teriam que disponibilizar mais do que um micro-ondas de modo a que mais alunos o pudessem fazer”.

Por outro lado, a nutricionista também considera que “seria interessante” os alunos terem nas escolas um prato de dieta (não apenas disponibilizado quando é pedido por questões médicas), permitindo assim aos alunos ter a “capacidade para a tomada de decisões saudáveis no momento da escolha cuidando mais da alimentação”.

“Seria uma mais-valia para as escolas e ajudaria todos aqueles alunos que andam a fazer um plano de perda de peso com um nutricionista ou dietista. Se bem que podem ser servidas ementas alternativas, quando devidamente justificadas por prescrição clínica”, salienta a especialista, que também defende a introdução de comida vegetariana, sobretudo no ensino secundário, uma vez que já começa a ser opção para alguns jovens.

“As escolas poderiam começar com uma introdução gradual de um prato vegetariano de forma a perceber como os alunos reagiriam. É sem dúvida uma boa política alimentar, pois seria uma forma de incutir aos alunos um maior consumo de legumes e variedade dos pratos.” A maior diversidade de ementas ajudaria os jovens a terem outras opções saudáveis e poderia minimizar a 'desculpa' que a comida do refeitório não é saborosa.

Filipa Correia entende que seria “sem dúvida um passo muito importante a dar e uma grande ajuda tanto no combate à obesidade infantil como contra o fast food e os alimentos menos saudáveis".

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