Sociedade

João Delgado: "Muitas vezes, só usando máscara é que se trabalha ‘artisticamente’ de forma pura e verdadeira"

21 jan 2018 00:00

Futebol, artes, sindicalismo e pesca na Impressão Digital desta semana.

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Quando jogava na defesa do Grupo Desportivo Nazarenos, era: a) duro mas leal b) passa a bola não passa o jogador c) canela até ao pescoço. 
Duro, mas leal! 

Nesse tempo é que era bom? 
Foi um tempo especial de construção pessoal e social. Guardo especialmente memórias de um grupo coeso de amigos onde a alegria era a imagem de marca. Um momento de glória entre as quatro linhas. O dia da estreia pelos seniores do GDN. Para a minha geração, esse factor ainda tinha um grande peso simbólico. Era uma honra! O concretizar de um sonho. 

Em criança sonhava ser futebolista, pescador e artista plástico? 
Piloto de navios. Esse era o sonho! Até fiquei com essa alcunha: “Piloto”. Muita gente ainda se refere a mim dessa forma. Na Nazaré, toda a gente tem alcunhas… 

O bodyboard foi um amor de Verão ou ainda é pessoa para desafiar a Praia do Norte? 
Sim, pratiquei bodyboard alguns anos. Mas o desporto que falou mais alto foi o futebol. Quanto à Praia do Norte: bom é ver as ondas no farol! 

Filho de peixe sabe nadar, filho de pescador... 
Sabe o valor da ausência do pai em momentos marcantes da vida, a inconstância de rendimentos e os seus efeitos na vida familiar, sabe de cor o sentimento de espera e de apreensão, sabe adaptar-- se à irregularidade do tempo e do mar, sabe o que custa o reconhecimento social e o quão significa a palavra preconceito. Sabe que nada cai do céu e para se conseguir algo de significativo tem que se fazer o “triplo” do esforço!

Vai para uma ilha deserta: artes plásticas ou artes da pesca?
Para garantir a sobrevivência levava as artes de pesca. Já que as artes plásticas apareceriam naturalmente, garantida que estava a sobrevivência, era uma questão de aproveitar o que existisse e cri

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