Viver

Das manhãs

9 fev 2017 00:00

Assim a dormir respiram profundamente e são uns anjos de perfeição.

Levanto-me às 7 horas , mais coisa menos coisa. Evito a custo o botão do snooze no telemóvel (às vezes sem sucesso) porque li não sei onde que devemos começar o dia com toda a calma para o dia correr bem.

Arrasto-me em silêncio pelo corredor enquanto esfrego os olhos e passo nos quartos das crias para verificar que ainda dormem e que estão tapados. Sorrio. Assim a dormir respiram profundamente e são uns anjos de perfeição. Podia ficar horas a vê-los dormir. Vou para a cozinha, abro a porta de casa para tirar o saco do pão, faço o pequeno-almoço para mim enquanto arrumo a loiça da máquina que ficou a lavar na noite anterior.

Bebo o meu “cafezinho coooom leite” e como uma torrada enquanto faço um scroll down desinteressado no Facebook do telemóvel. Ainda estou a acordar e só saio deste estado de dormência zombie quando oiço um “Paiiiiiiii… Mãeiiiiiii…” meio choroso a vir do quarto da Princesa.

O Pai vem com ela ao colo até quase à porta da cozinha, estremunhados os dois, despenteados, lindos. “É um titinho, sff!” É para já. Dou um beijo à miúda, outro no pai, e volto à cozinha. Faço um biberon de leite e levo à nossa cama (enquanto oiço o Ninja a atravessar o corredor em saltos ninjas matinais).

Chego ao quarto e já estão os três, instalados, quentinhos, despenteados, lindos, mais uma vez. Dou um beijo no miúdo, deixo uma fralda e uns toalhetes para o Pai ir tratando da cachopa, e vou fazer outro biberon. Sim, ele é crescido e já sabe beber em canecas, mas pequenos-almoços de mimo na cama dos pais é melhor ser com biberon, há menos probabilidades de acidentes logo pela manhã.

Volto à cozinha, bebo o resto do café com leite, já quase frio. Arrumo as mochilas, vejo as cadernetas, faço o lanche. Vou buscar roupa para ela, vou buscar roupa para ele, cada um dos adultos veste ou ajuda a vestir um dos pirralhos. Não é fácil, o Ninja está a tentar ver os bonecos; a Princesa está a tentar carregar em todos os botões do comando, nenhum deles quer saber se está frio ou se estamos a ficar atrasados.

Estão vestidos e vão para a sala, comer qualquer coisa, ver mais bonecos… olhamos um para o outro e para o relógio, o tempo voa de manhã, ainda estamos de pijama. Visto-me em 5 minutos e começo a guerra dos casacos, dos gorros e de desligar a televisão.

O Pai veste-se e toma o pequeno-almoço em tempo recorde, ainda não percebi bem como é que ele faz. Começa a guerra das chaves e dos telemóveis. Saímos todos, ainda despenteados, no limiar de estarmos atrasados, lindos…