Sociedade

Cristina Barros: "Para mim a corrida e em particular o trail são uma terapia, um elemento de equilíbrio"

16 out 2016 00:00

Corridas, museus virtuais e empreendedorismo na Impressão Digital desta semana.

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Quando participa nas provas de trail sente-se a Rosa Mota em 1988?
Não, de todo. Não sou uma atleta de competição. Para mim a corrida e em particular o trail são uma terapia, um elemento de equilíbrio, quer pelo contacto com a natureza, quer pelo desafio. 

O segundo é o primeiro dos últimos, mesmo na competição entre amadores?
Para mim não. Corro por prazer, porque adoro os trilhos e o desafio que me colocam. 
 
Prefere treinar sozinha e pela manhã ou é daqueles animais sociais que se juntam na Praça Rodrigues Lobo com sapatilhas coloridas e camisolas fluorescentes?
Gosto de treinar em grupo, quer na estrada, quer nos trilhos e sempre que posso vou correr no balão verde das Brisas do Lis Night Run. Nas provas gosto de correr sozinha e competir comigo… é como o lema do UTAX (Ultra Trail das Aldeias de Xisto)…ali “sou eu e o trilho”. 

Também se fecham negócios nas corridas?
Talvez…Eu nunca fechei, porque simplesmente desligo do trabalho nas corridas. 

O café é a sua bebida preferida?
Gosto muito de café, mas ainda gosto mais de chá e estou sempre a inventar novos chás. 

Maior vício: café, trabalho ou outro?
Hoje o meu maior vício é mesmo o trail. Já não consigo passar uma semana sem os trilhos. 

Enquanto fundadora do coffemuseum.com, uma comunidade digital dedicada ao café, está em condições de nos dizer se o café mais caro do mundo, o Kopi Luwak, produzido a partir dos excrementos de um mamífero, também é o melhor café do mundo?
Eu diria que esse produto nem será café! É um tipo de bebida. Nunca provei e nem tenho curiosidade.

Muitos leirienses não sabem, mas o coffeism nasceu em Leiria. Quer explicar o conceito?
O coffeemuseum.com nasceu em 2015 pelas mãos de um grupo de criativos de Leiria e criamos dois conceitos: o coffeeism e o coffee ba. O coffeeism assemelha-se aos movimentos artísticos como o cubismo ou o surrealismo e pretende dar poder ao consumidor através da partilha de ideias, experiências e emoções relacionadas com o café, em resposta a desafios de inovação lançados no site. O coffee ba (ba, que em japonês significa sítio) é um local onde marcas e influenciadores do mundo do café partilham conhecimento.

É verdade que está a tentar converter a família ao monopólio dos vegetais?
Os vegetais sempre fizeram parte da nossa alimentação e é fácil aumentar a sua presença sem impor nada. O que tenho tentado eliminar é o açúcar. 

Mas é uma pessoa preocupada com a saúde ou está só a castigá-los?
A alimentação é um processo de experimentação e é muito fácil fazer coisas que todos gostam e saudáveis… a minha tribo é pouco resistente à mudança e gosta de experimentar, depois de eu testar, claro! É típico ouvir… "Ó mãe isso come-se?” “Experimenta”… “Afinal até é bom”.

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