Opinião

Criatividade criminal

6 set 2016 00:00

Uma das organizações europeias com mais sucesso não é um banco, uma empresa de automóveis ou mesmo uma produtora de cerveja. Essa organização é a Máfia, mais concretamente a Camorra, a infame Máfia Napolitana.

O The Economist observava em edição recente como esta organização tem prosperado, na sombra do declínio da sua rival máfica siciliana. Na verdade, a história desta organização, que data do século XVI, assemelha-se muito aos “casos de estudo” que surgem nos livros de gestão.

Aproveitando o declínio de um rival (a máfia siciliana), a Camorra traçou uma estratégia que alterou as suas áreas de negócio, centrando-se sobretudo no tráfico de droga.

Para conseguir crescer e prosperar face às ameaças de forças externas (policiais e de concorrência), a Camorra desenhou uma estrutura relativamente flexível e em rede, composta por uma aliança de cerca de 115 gangues com 500 elementos cada, onde existem responsáveis pela estratégia (no topo), gestores intermédios que compram e processam drogas, gestores operacionais responsáveis pela distribuição e logística e finalmente uma vasta rede de vendedores de rua, que podem ser equiparados a “franchisados”.

*Diretor executivo da D. Dinis Business School e docente do IPLeiria

Texto escrito de acordo com a nova ortografia

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