Sociedade

Cidália Ferreira pede união para reerguer concelho das cinzas

28 out 2017 00:00

Incêndios marcaram tomada de posse na Marinha Grande.

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Raquel de Sousa Silva

Foi com a voz embargada que, na cerimónia de instalação dos novos órgãos municipais, Cidália Ferreira recitou um poema de Afonso Lopes Vieira sobre o Pinhal do Rei para lembrar que este em muito contribuiu para a construção da identidade dos marinhenses.

Agora que dois terços do concelho arderam, apela à união de esforços para o reerguer das cinzas. “Tem de ser longa a nossa voz, o nosso grito, a nossa força, o nosso empenhamento. Temos de existir enquanto povo marinhense unido, temos de saber unir esforços e vontades. Temos de estar juntos”, disse esta terça-feira a nova presidente da Câmara, a primeira mulher eleita para o cargo, precisamente no ano em que se comemora o centenário do concelho.

A autarca, eleita pelo PS, reconheceu que o momento “é grave e difícil para todos”, mas lembrou que no concelho resta ainda uma “enorme riqueza a valorizar e preservar” e comprometeu-se a “trabalhar afincadamente para um concelho melhor, defendendo sempre o superior interesse” dos munícipes, das empresas e instituições.

Uma das primeiras iniciativas que Cidália Ferreira irá propor para a reconstrução da mata é a plantação de 38.681 árvores, “tantas quantos os habitantes do concelho, segundo os Censos 2011, como memorial ao nosso Pinhal do Rei”.

A presidente deixou ainda uma “palavra de sentido reconhecimento” aos bombeiros, “que foram inexcedíveis, arriscando a vida na defesa” do património, aos funcionários do ICNF, “que andam no terreno e às vezes tão maltratados são”, aos funcionários da autarquia, aos munícipes e às empresas que lutaram contra os fogos.

“A catástrofe do dia 15 a todos nos responsabiliza”, defendeu na cerimónia Telmo Ferraz. Para o presidente cessante da Assembleia Municipal é preciso agora criar condições para que o Pinhal do Rei volte a ser o “pulmão” do concelho.

“Devemos exigir ao poder central que nos conceda a sua gestão, transferindo meios humanos e financeiros para o podermos faze

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