Opinião

As casas da vergonha

26 jul 2018 00:00

Foram milhões de euros de donativos que mostram bem a solidariedade e o sentimento de entreajuda que caracterizam o povo português.

De tudo o que envolveu a tragédia do incêndio de Pedrógão, houve pelo menos um aspeto positivo: a enorme onda de solidariedade espontânea dos portugueses.

De norte a sul, os portugueses, de forma individual ou de forma mais organizada, procuraram ajudar a minimizar a dor daqueles que perderam os seus bens e os seus familiares em resultado dos incêndios.

Foram milhões de euros de donativos que mostram bem a solidariedade e o sentimento de entreajuda que caracterizam o povo português.

Face à gravidade de tudo o que aconteceu, em especial à triste circunstância de termos nesse incêndio assistido à morte de 66 pessoas, seria expectável que fossem canalizadas estas verbas para a ajuda à reconstrução de casas de primeira habitação.

Ou seja, fossem canalizadas para aqueles cuja vida foi súbita e repentinamente afetada pelos incêndios. Mas não.

Já tínhamos alertado para a enorme confusão e atraso na reconstrução, para a discricionariedade das reconstruções, para a divergência do número de casas ardidas referido pelo Governo ou constante no Fundo Revita, mas o pior foi tornado público a semana passada.

Terão existido casas reconstru&ia

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