Sociedade

Carlos Poço candidata-se a Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Leiria

3 nov 2015 00:00

O vice-provedor denunciou ainda a existência de resultados negativos no hospital D. Manuel de Aguiar.

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Carlos Poço anunciou hoje a sua candidatura a Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Leiria, actualmente liderada por Fernando Lopes.

Em conferência de imprensa, Carlos Poço explicou que se candidata tendo em conta as "preocupações fundadas sobre o presente e o futuro desta instituição", assumindo um projecto "ambicioso, mas também rigoroso e sustentável, para virar a página" da Misericórdia de Leiria.

O vice-provedor da Misericórdia não "renega" que fez parte da actual direcção e acusa Fernando Lopes de "centralizar" toda a gestão do hospital, uma das valências da instituição que tem resultados negativos.

"O actual provedor centra demasiado a gestão e não será o melhor especialista nesta área. A gestão do hospital sempre foi da sua responsabilidade - ele é também o director clínico - e é aí o maior problema que temos. Não podemos deixar continuar por mais tempo a gestão entregue a uma pessoa que já demonstrou que, ano após ano, tem resultados negativos", salientou o candidato, ao revelar prejuízos de "300 mil euros por ano".

Garantindo que a instituição ainda não está em incumprimento, Carlos Poço admite que a situação financeira "não é brilhante, é difícil, mas é possível inverter", através de uma "gestão rigorosa".

"Estamos a cumprir com a instituição que nos financiou, mas é preciso ser muito exigente para o futuro, porque, caso contrário, poderemos ter dificuldades em cumprir. E o que estou a sentir é que os meios libertos este ano não são os suficientes para cumprir as exigências do próximo ano", acrescentou Carlos Poço.

Para Carlos Poço, os recursos financeiros necessários podem vir do hospital. "É no hospital que estamos a ter os piores resultados e é o hospital que está a absorver os recursos todos que temos. E é ali que espero ter superavit", acrescentou.

Este objectivo só será possível se "rentabilizar a catividade do hospital, com condições diferenciadas para os irmãos, garantindo o pagamento do serviço da dívida e ainda a libertação de meios financeiros para outras obras sociais da Misericórdia".

 

Leia mais na edição da próxima quinta-feira.