Opinião

Nova Rota Marítima da Seda

9 jun 2016 00:00

Em troca a China aponta como benefícios aos países envolvidos a oportunidade de desenvolvimento do seu país facilitando o fluxo de trocas comerciais, de investimento e culturais

A China pretende construir atualmente um cinturão económico da Rota da Seda Marítima e terrestre. Visa com este ambicioso plano envolver sessenta por cento da população mundial, ou seja, 4,4 biliões de pessoas que representam uma produção económica anual de 2,2 biliões de dólares. A China tem enormes reservas de divisas e pretende expandir a sua economia ao financiar a baixo custo os países envolvidos na construção desta nova rota, sendo que os mesmos deverão aplicá-lo em infraestruturas, turismo, energia e finanças. Para tal, já chefiou a criação de instituições multilaterais tais como o Banco de Investimento em Infraestruturas Asiático (do qual fazem parte 57 países entre os quais o Reino Unido, França e Alemanha). Em troca a China aponta como benefícios aos países envolvidos a oportunidade de desenvolvimento do seu país facilitando o fluxo de trocas comerciais, de investimento e culturais. A China tem dois centros financeiros globais (Hong Kong e Shangai) e empresas inovadoras (Huawei, Alibaba, etc). Pese embora os riscos (ambientais, micro e macroeconómicos) e o esforço diplomático (devido a tensões políticas, sociais e terrorismo) que uma iniciativa desta envergadura acarreta, o que parece certo para o governo chinês é que um planeamento cuidado permitirá manter a China como primeira potência mundial. A questão está em como outras potências mundiais e até mesmo outros países estão a reagir a esta iniciativa já que a China está a usar de forma mais eficiente mercados e recursos e a reivindicar mais influência global.

*Gestora
Texto escrito de acordo com a nova ortografia.

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