Opinião

No longo prazo

15 dez 2016 00:00

Estes vieses estendem-se à nossa falta de capacidade de pensar a longo prazo e a forma como descontamos acontecimentos futuros face ao presente.

Os seres humanos são maus a tomar decisões. Nestas crónicas já discutimos os problemas da dissonância cognitiva e de outros vieses de raciocínio que limitam a capacidade dos agentes económicos na tomada de decisão racional (abordamos tanto o tema da dissonância cognitiva, como a tendência de tomar decisões baseadas em informação passada – algo que herdamos geneticamente, na nossa capacidade de prever padrões, mas que pode estar profundamente errado quando o futuro é diferente do que conhecemos). Estes vieses estendem-se à nossa falta de capacidade de pensar a longo prazo e a forma como descontamos acontecimentos futuros face ao presente.

Esta capacidade de pensar no longo prazo pode estar assimetricamente distribuída na população, com algumas pessoas a serem capazes de protelar a satisfação de curto prazo face a um retorno superior no futuro. Alguns economistas argumentam que cursos de ensino superior, mesmo quando não tecnicamente ligados à profissão, são uma sinalização ao empregador de que os indivíduos estiveram dispostos a “sofrer” a curto prazo, resultando em ganhos futuros de competência (o que se reproduzirá positivamente na profissão).

*Diretor Executivo - D. Dinis, Business School
*Texto escrito de acordo com a nova ortografia

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