Opinião

Música | Dicas para o estúdio em 2021

17 dez 2020 11:12

Enquanto mundo e meio resume o ano que ainda corre, nós resolvemos pensar já em dicas mais ou menos inúteis para a comunidade artística em 2021

Uma mesa e uma máquina de café
Além de criar, vai ser preciso imaginar muito mais. Fazer muitos estudos e projectos, redesenhar muito do que se conhece do sector, esperar que na “tentativa-erro” algumas propostas tenham frutos, entender que os projectos educativos e comunitários são essenciais para os agentes culturais e para as escolas e comunidades.

Um calendário com dez meses
Estamos na época das listas de melhores do ano (de parte dele). Parece mesmo que muitos meios de comunicação já começam a competir para ver quem consegue fazer primeiro o resumo e retrospectiva do ano, sempre carregados de subjectividade e muitas vezes de memória selectiva lá elencam um resumo de dez ou onze meses. A pressa de julgar e de influenciar tem sido cada vez mais assustadora e cilindra o tempo e o calendário e já sabemos que qualquer lançamento ou acontecimento de Novembro ou Dezembro corre o sério risco de passar despercebido. Ah, no que toca a edições também se podem tirar os meses do verão e de repente temos um calendário de meio ano e mais maneirinho.

O mapa com Lisboa e Porto no meio do país deserto
Começa a ser um cenário recorrente a cada publicação de resultados da DGartes;  É aberto um programa nacional de apoio, concorre muita gente de todo o lado, demoram meses e meses a avaliar candidaturas e depois vencem muitos de Lisboa, alguns do Porto e arranjam-se umas migalhas para os da província. Seguem-se frases e posições mais ou menos inflamadas que geram promessas de mudança, equipas de trabalho e uns tostões para calar uns tantos e o mundo continua a rodar entre agentes resignados e decisores a assobiar para o lado com a consciência de que fizeram o que era possível.

Um cartaz dos Clash, dos Sex Pistols ou dos Ramones
Nem que seja para inspirar. Nunca foi tão urgente ser punk como agora.