Opinião

É o tempo de rapar o tacho

6 mai 2017 00:00

No meu último texto sugeri algumas pistas para o crescimento da economia, nomeadamente na nossa região. Hoje chamo a atenção para o facto da geringonça estar a condenar os portugueses a emigrar ou a viver mal no seu próprio País.

Digo-o com tristeza e alguma amargura, mas os dados são o que são e com visões e objectivos tão diferentes entre os partidos no poder, e estando o PS essencialmente ao serviço da manutenção dos interesses das suas clientelas, não é legítimo esperar melhor.

De facto, os sucessivos governos não atinam com a estratégia e o modelo económico necessário ao País.

Falando apenas dos últimos governos, José Sócrates criou, de forma tão ignorante quanto criminosa, uma dívida que nos esmaga e esmagará as futuras gerações; Passos Coelho tentou equilibrar as contas à custa da classe média, mas fê-lo de forma canhestra e igualmente ignorante; agora, António Costa apenas pode rapar o tacho até às últimas migalhas para justificar manter-se no poder e não pode, mesmo que soubesse e quisesse, fazer as reformas necessárias e definir a estratégia adequada, porque não teria o necessário apoio parlamentar.

Ou seja, Portugal caminha de forma aparentemente calma e feliz para o desastre, ou, no mínimo, para um longo período de empobrecimento em relação às outras nações.

O Governo do PS e o Ministro das Finanças escolheram a redução do défice para assim cumprirem o compromisso, particularmente importante pela sua visibilidade, para com a União Europeia, mas como não há milagres na aritmética das receitas e dos gastos, escolheu a via de rapar o tacho nas contas públicas e nos bolsos dos portugueses, até ao limite.

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*Empresário