Opinião

A Senhora dos Tremoços

16 ago 2017 00:00

Sou um apaixonado tardio de São Pedro de Moel. Passei as férias de infância familiares errático entre Nazaré e Pedrogão. A Praia da Vieira e São Pedro de Moel foram pequenos fogachos de algumas escapadelas solitárias.

Mas ainda me lembro do pontilhado de casas clandestinas espalhadas pela costa de São Pedro de Moel ou do Pai do Frangos, versão casa antiga, rés-do-chão, agarrada à terra.

Quando comecei a crescer, foi primeiramente a noite que me levou a estas praias: a discoteca Riomar na Praia da Vieira, e a Hot Rio em São Pedro de Moel.

As praias eram os vestígios do dia seguinte quando a noite se prolongava. Mas as memórias dessas manhãs não deixavam grandes glórias matinais. Um dia a vida levou-me para São Pedro de Moel.

Passei lá um dia inteiro. Depois, vários dias. Fui à praia. Conheci o famoso nevoeiro que não deixa levantar o sol antes do meio-dia. Fui apresentado aos restaurantes e cafés da terra.

Palmilhei as ruas, os empedrados, a caruma, a areia. Conheci o anfiteatro que é a construção de São Pedro. Fiz a volta dos Cinco e dos Sete. Cheguei, antes de me aburguesar, a acampar nos dois parques de campismo existentes, um virado para o mar, outro para o pinhal.

Comi os percebes arrancados às suas rochas, mas daqueles virados ao mar onde são açoitados pela fúria das águas – e não, não era eu que os ia apanhar. Cheguei a acompanhar as quatro estações e descobri a beleza que era (e ainda deve ser) São Pedro de Moel no

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