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PSD de Santarém defende aviação civil na base militar de Tancos 

28 jan 2022 10:25

Enquanto em Leiria os candidatos a deputados pelo PSD defendem a solução de Monte Real, em Santarém os sociais-democratas apostam na opção por Tancos.

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Candidatos a deputados visitaram base de Tancos esta quarta-feira
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O aeródromo militar de Tancos tem “condições excepcionais” para a aviação civil e poderia ser “um  aeroporto para as companhias 'low-cost'”, que servisse a zona Centro do País. A convicção é dos candidatos a deputados do PSD pelo distrito de Santarém. Em Leiria, os membros da lista do PSD insistem na opção de Monte Real e na sua abertura ao tráfego aéreo civil.


Em comunicado, o PSD de Santarém refere que, durante uma visita efectuada na quarta-feira, à base militar de Tancos, os candidatos a deputados por Santarém “constataram que as infra-estruturas estão todas criadas” nesse aeródromo, “incluindo a linha do caminho-de-ferro que passa em Tancos”. 

“A visita permitiu-nos corroborar tudo o que temos defendido até aqui. Tancos tem condições excepcionais e teria um investimento inferior a 50 milhões de euros”, afirma João Moura, número dois da lista do PSD por Santarém, que é também presidente da Assembleia Municipal de Ourém.

Citado naquela nota, o social-democrata alega que a abertura de Tancos à aviação civil “permitiria libertar o aeroporto de Lisboa do excesso de passageiros, poderia ser um aeroporto para as companhias 'low-cost', assim como serviria perfeitamente para o transporte de mercadorias. Serviria ainda o turismo em Fátima e toda a região centro e o distrito de Santarém”.

Segundo o comunicado, durante a visita, na qual esteve presente o general das infra-estruturas do Exército, a comitiva social-democrata “ficou a perceber que as restrições militares são compatíveis com o possível uso civil do local”. 

Os candidatos do PSD por Santarém “defendem que o Terminal 2 do aeroporto de Lisboa pode ser replicado junto ao portão da base militar que dá acesso à localidade de Madeiras, em Vila Nova da Barquinha”, pode ler-se na nota de imprensa.
 
“Se o terminal for construído nesse local fica a cerca de 800 metros no nó da A23, na saída para Constância Sul”, explicou João Moura, que é também presidente da distrital do PSD de Santarém, reafirmando que esta estrutura partidária “sempre” defendeu a opção de Tancos como complemento ao aeroporto de Lisboa. 

Em Março do ano passado, na sequência do indeferimento da Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) ao pedido de viabilidade para a construção do aeroporto no Montijo, a distrital de Santarém do PSD tinha apontando Tancos como “a solução mais rápida e económica para o País, enquanto se discute a localização do novo aeroporto”.

João Moura tem sublinhado que um aeroporto regional permitiria “uma penetração no mercado internacional das empresas da área da indústria automóvel (em Abrantes), curtumes (Alcanena), têxteis, exploração florestal, madeira, mobiliário (Sertã, Mação e Vila de Rei) e papel (em Constância e Torres Novas)”, alavancando “a dinâmica económica de toda região e o potencial turístico dos milhões de passageiros que se dirigem a Fátima.