Sociedade

Professores das Colmeias constroem “grade dos corações” em forma de luta pela educação

14 fev 2023 14:00

Acção visa “continuar a chamar a atenção” para a luta dos professores “pelos seus direitos e por melhores condições para ensinar”

Professores colocaram, esta manhã, vários corações vermelhos no gradeamento da escola
Professores colocaram, esta manhã, vários corações vermelhos no gradeamento da escola
Professores colocaram, esta manhã, vários corações vermelhos no gradeamento da escola
Professores colocaram, esta manhã, vários corações vermelhos no gradeamento da escola

Quem se desloca hoje ao Agrupamento de Escolas de Colmeias, no concelho de Leiria, depara-se com um cenário diferente. No gradeamento da escola foram colocados pelos professores, esta manhã, vários corações vermelhos, onde se destacam as palavras “Respeito”, “União”, “Justiça”, “Missão”, “Dignidade”, “Valores”, “Educação” e “Escola”.

Trata-se, segundo explica o dirigente sindical do Sindicato de Todos os Professores (S.T.O.P.), Orlando Pereira, de uma forma diferente de luta dos docentes, que pretendem “continuar a chamar a atenção para a luta pelos seus direitos e por melhores condições de trabalho”.

“Quisemos aproveitar o facto de hoje ser Dia de São Valentim e de, durante esta semana, estarmos a trabalhar o tema dos afectos com os nossos alunos, para promovermos uma acção diferente, que demonstre que os professores estão nesta luta com o coração e que só pretendemos aquilo que é nosso, assim como melhores condições para ensinar”, refere Orlando Pereira ao JORNAL DE LEIRIA.

Para amanhã, dia 15, e sexta-feira, dia 17, estão agendadas novas rondas negociais entre o Ministério da Educação e os sindicatos, sobre o novo modelo de recrutamento e colocação de professores.

“Vamos aguardar para ver o resultado destas reuniões, mas o mais provável é não resultarem em nada, considerando a posição que o ME tem assumido”, considera o dirigente sindical.

O S.T.O.P. estendeu hoje o pré-aviso de greve até dia 10 de Março. Os professores estão em protesto desde o início de Dezembro e exigem melhores condições de trabalho, o fim das quotas que impedem a progressão na carreira e uma diminuição da burocracia.

No que concerne à revisão do modelo de recrutamento e colocação de professores, defendem uma gestão e recrutamento de docentes pela graduação do profissional e sem perfil ou mapas, sem conselhos de directores a seleccionarem o recrutamento.