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Nuno André Ferreira, de Leiria, recebe menção honrosa no Prémio Estação Imagem 2021 Coimbra

12 jun 2021 17:30

Fotojornalista da agência Lusa e do grupo Cofina, natural de Leiria, já tinha ganho, com a mesma fotografia, um terceiro lugar na categoria Spot News do World Press Photo 2021

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Nuno André Ferreira
Elsa Monteiro
Redacção/Agência Lusa

O júri do Prémio Estação Imagem 2021 Coimbra atribuiu uma menção honrosa na categoria Fotografia do Ano a uma fotografia de Nuno André Ferreira, da agência Lusa e grupo Cofina, tirada durante um incêndio em Oliveira de Frades, em 2020, e que capta o fogo à distância e, em primeiro plano, um bebé distraído de tudo, dentro de um carro.

Essa mesma fotografia valeu a Nuno André Ferreira, que é natural de Leiria, o terceiro lugar do World Press Photo 2021 na categoria Spot News.

A fotografia premiada foi feita durante um incêndio em 2020

O fotojornalista também conquistou a Bolsa Estação Imagem 2021, para fazer um trabalho sobre as repúblicas de estudantes de Coimbra.

O fotojornalista Gonçalo Delgado venceu o prémio Estação Imagem 2021 Coimbra, com um trabalho que põe em confronto a vida e a morte numa unidade hospitalar, durante a pandemia, anunciou hoje a organização.

O trabalho, intitulado Regenesis, foi feito num hospital, em que a unidade de obstetrícia e a de cuidados intensivos Covid-19 estão separadas apenas por um andar, pondo "em confronto a vida e o espectro da morte, o nascimento e a agonia", referiu a organização do Estação Imagem, que anunciou hoje os premiados da edição deste ano, na antiga igreja do Convento São Francisco, em Coimbra.

A Fotografia do Ano foi atribuída ao galego Brais Lourenzo Couto, retratando a celebração do 98.º aniversário de uma utente de um lar de idosos fortemente atingido pela pandemia.

João Porfírio venceu na categoria Notícias, com a cobertura de manifestações contra o racismo nos Estados Unidos, e Ana Brígida em Assuntos Contemporâneos, num trabalho sobre funcionários de uma junta de freguesia de Lisboa que se vestiram de super heróis enquanto trabalhavam no primeiro confinamento.

Na categoria Vida Quotidiana, o prémio foi para Tiago Fonseca e o trabalho que fez sobre as dificuldades no interior do país a partir da aldeia de Agrações, no concelho de Chaves, onde moram apenas 12 pessoas.

Leonel de Castro conquistou o prémio na categoria Retratos, com um trabalho intitulado Despojos de Guerra, sobre antigos combatentes e as cicatrizes psicológicas e físicas provocadas pela Guerra Colonial.

O júri da edição deste ano decidiu não atribuir qualquer prémio nas categorias de Artes e Espetáculos, Ambiente e Desporto.

Para além dos vencedores, foram também atribuídas menções honrosas a José Fernandes em Assuntos Contemporâneos, Francisco Romão Pereira em Vida Quotidiana e a Pedro Gomes Almeida e Paulo Nunes dos Santos em Retratos.

A organização notou ainda que, apesar do confinamento, foram submetidos a concurso mais de 300 trabalhos.

O júri foi presidido por Thomas Borberg, antigo editor-chefe de fotografia do Politiken, da Dinamarca, e também jurado do World Press Photo.

Esta é a quarta edição em que o Estação Imagem decorre em Coimbra.