Sociedade

Novos comboios da CP vão circular na Linha do Oeste em 2026

14 ago 2025 17:35

As 22 automotoras destinam-se a substituir material circulante obsoleto

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Imagem: FLIRT/Stadler
Redacção/Agência Lusa

 A CP - Comboios de Portugal disse à Lusa que algumas das 22 novas automotoras encomendadas à Stadler, das quais 12 bimodo (com tracção elétrica e a diesel) serão destinadas ao uso na Linha do Oeste.

Estes novos comboios operarão ainda na Linha do Alentejo, na Linha do Douro e noutros locais.

O primeiro dos 22 novos comboios regionais encomendados em 2020 por 158 milhões de euros chegará ainda este ano e a conclusão dos ensaios de homologação das primeiras automotoras ocorrerá em 2026.

"Considerando o último ponto de situação deste projeto, a chegada da primeira unidade a Portugal está prevista para o final do ano em curso. A conclusão dos ensaios de homologação e entrega das primeiras automotoras à CP ocorrerá durante o segundo semestre de 2026", pode ler-se numa resposta da CP a questões da Lusa.

Em Abril, ao jornal Público, fonte oficial da CP tinha adiantado que "face a diversas contingências" o fabricante previa que já não era possível "o cumprimento do prazo de entrega", que apontava para a chegada da primeira automotora a partir de Outubro deste ano e, depois, de duas automotoras por mês.

À data, a CP já tinha pedido à Stadler que apresentasse "propostas de mitigação deste atraso", tendo a empresa se comprometido a apresentar "um novo cronograma para a entrega das automotoras, que será analisado e avaliado".

O possível atraso chegou a motivar o envio, pela Câmara Municipal de Beja, de uma carta à CP sobre o assunto envolvendo as automotoras que deverão servir a região, tendo o presidente da câmara, Paulo Arsénio (PS), manifestado "grande apreensão".

O contrato assinado em Outubro de 2020 para aquisição de 22 automotoras do modelo Flirt "inclui o fornecimento de doze Unidades Automotoras Bimodo e dez Unidades Automotoras Eléctricas e respectivas peças, bem como a prestação de serviços de manutenção, preventiva e correctiva, por um período mínimo de três anos, acompanhada de serviços de formação”.

À data, a CP garantiu que “este reforço do parque de material circulante permitirá incrementar a capacidade de resposta da CP às necessidades de mobilidade das populações, nomeadamente nos serviços regionais, assegurando a transição para a electrificação plena da infraestrutura ferroviária”.