Viver

Nascentes. Natureza e artes no festival que é uma aventura de colaboração

29 jun 2023 11:00

Às portas de Leiria, há caminhadas sonoras, um concerto para olhos vendados, actividades para crianças, o museu do comum, tasquinhas sobre o rio Lis e espectáculos em hortas, jardins e eiras, que vão ocupar a aldeia das Fontes até domingo

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Na edição anterior, junto à grota
DR

Depois dos concertos da orquestra de samples em cadeira de rodas Ligados às Máquinas e de Carincur e João Pedro Fonseca com o Coro das Fontes constituído por moradores da aldeia, agendados para ontem, o festival Nascentes prossegue junto ao rio Lis, no concelho de Leiria, e amanhã, sexta-feira, depois das 19:30 horas, na eira da D. Lúcia, é apresentado o resultado da terceira residência artística de criação, que junta o baterista Ricardo Martins e o multi-instrumentista Dada Garbeck (a assegurar os teclados) com um trio de percussão formado por músicos de Leiria (António Casal, no vibrafone, Francisco Vieira, na marimba, e João Maneta, que reside nas Fontes, na bateria).

Não é a primeira, nem segunda vez, que Ricardo Martins trabalha e actua em Leiria. Ligado aos Pop Dell’Arte, Chão Maior e Fumo Ninja, entre outros, além do percurso a solo, participou em várias edições do festival A Porta, e, em 2019, no átrio do Teatro José Lúcio da Silva, apresentou-se com o ensemble de baterias (e vibrafone) Silvar, também fruto de uma residência de criação que decorreu no espaço Serra, na Reixida, onde, recentemente, gravou com Sangue Suor, outro colectivo que reúne vários bateristas. “Se pudesse, vivia aqui. Estou cá sempre que me deixam”.

Agora, no Nascentes, a experiência será, novamente, “rítmica” e tem, como ponto de partida, uma grande dose de “liberdade”. Na procura de uma “linguagem comum”, o processo deverá incluir elementos da “tradição oral” obtidos na aldeia das Fontes, onde a residência artística decorre, explica Ricardo Martins ao JORNAL DE LEIRIA. “Muito do trabalho que o Rui desenvolve com Dada Garbeck é neste sentido da recolha e reinvenção”. E conclui: “Tem a ver com esta coisa bonita do próprio festival que não vem só pedir emprestado o sítio onde existe, torna-se parte de”.

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