Viver

Malhoa e o naturalismo. Uma exposição e um museu reaberto são a oportunidade para redescobrir a arte do Grupo do Leão

9 jan 2024 12:33

Há uma nova possibilidade de roteiro entre Caldas da Rainha e Figueiró dos Vinhos com a pintura dos naturalistas portugueses

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O Fado, quadro de José Malhoa, do início do século XX
DR

“Para além de um excelente pintor, insere-se um fenómeno sociológico: todos conhecem Malhoa, não só na época, como actualmente”, diz Maria de Aires Silveira, responsável pela curadoria da exposição José Malhoa e Figueiró dos Vinhos, patente no Museu e Centro de Artes do concelho no norte do distrito de Leiria. “Em Figueiró, as pessoas lembram histórias, e também os modelos que serviram para as suas pinturas. De um modo geral, é o pintor mais popular”, comenta a historiadora e investigadora. E, agora, há “uma nova oportunidade” para revisitar o artista, o Grupo do Leão e o naturalismo português, também em Caldas da Rainha, com a reabertura do Museu José Malhoa, lembra a directora Nicole Costa, que destaca o retorno de obras como o “Álbum das Glórias”, de Rafael Bordallo Pinheiro.

Após mais de oito meses encerrado, o Museu José Malhoa está outra vez de portas abertas com a ajuda de um investimento superior a 467 mil euros, financiado, maioritariamente, por verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). O ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, presente na reabertura a 19 de Dezembro, já conhece as novidades. “Na nossa exposição de longa duração foram realizadas inclusões de novas obras, além de intervenções na disposição espacial dos acervos, para melhorar a experiência de fruição dos visitantes”, explica Nicole Costa. Por outro lado, “como marco deste novo momento”, que vai além da reabilitação do edifício, surge a exposição Experimental: Entre o Real e o Imaginário nas Reservas do Museu José Malhoa, que, segundo a responsável, “conta com diferentes gerações portuguesas, ligadas a experiências artísticas as mais diversas, entre a modernidade e a contemporaneidade”. Também para descobrir, a visita virtual e a digitalização de 1.546 peças, em 2D e 3D, que passam a estar disponíveis para o público.

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