Sociedade

João Ribeiro divulga arte nas paredes das cidades

30 jul 2025 10:00

O artista tem obras por todo o país e no estrangeiro

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Artista de Pombal começou a fazer graffiti aos 14 anos
DR
Alexandra Barata

Natural de uma aldeia da freguesia de Almagreira, João Ribeiro, 24 anos, vive da arte urbana, desde que se licenciou, há três anos, em Artes Plásticas na Escola Superior de Artes e Design, nas Caldas da Rainha.

O mural de homenagem a Salgueiro Maia, junto à estação dos comboios de Pombal, pintado no âmbito dos 50 anos do 25 de abril de 1974, e as “experiências incríveis” que teve no estrangeiro foram os momentos mais marcantes da sua vida artística.

“Nos últimos três anos, recebo propostas cada vez mais interessantes e projectos que me realizam cada vez mais, como artista e como pessoa”, explica João Ribeiro. “Tenho tido a oportunidade de pintar um pouco por todo o país e, desde 2024, fora de Portugal, contando já com obras em Cabo Verde, Itália, França e na Ilha Reunião, algumas das quais através do Festival Sete Sóis Sete Luas”, conta. “É a conquista de que mais me orgulho na minha carreira.”

Aos 14 anos, o jovem de Pombal começou a fazer graffiti e, aos 16, surgiram as primeiras encomendas de pinturas. Na altura, frequentava o curso de Artes Visuais na Escola Secundária de Pombal, e depois prosseguiu estudos a nível superior em Artes Plásticos.

“Já fazia arte urbana em part-time, aos fins de semana, durante os últimos anos de licenciatura, e fui criando a minha carreira, espalhando o meu nome e a minha arte”, justifica. Nesse sentido, foi consolidando o seu próprio negócio até concluir o curso, o que lhe permite viver apenas da arte, desde então.

Em Pombal, tem três obras no espaço público. Além do mural de Salgueiro Maia, destaca a pintura de um viaduto na Avenida Heróis do Ultramar, dedicada à Serra de Sicó. “Têm surgido algumas propostas por parte de municípios, freguesias e associações, que têm transformado as cidades em galerias a céu aberto”, diz.

“Sou um artista de rua, mas também pinto bastante em casas particulares, para empresas e associações”, esclarece João Ribeiro. Oportunidades que surgem porque considera que a sua arte é reconhecida, e conseguiu criar o seu próprio público. “Isso leva tempo, dedicação e coragem para não desistir. Felizmente, comecei cedo e, nos últimos anos, não me tem faltado trabalho”, observa.

Nos tempos livres, pinta telas inspiradas nas suas viagens. As últimas exposições foram em 2024: “Retratos da Cidade Vermelha”, na Biblioteca Municipal de Leiria, e “Voar Além”, no Centrum Sete Sóis Sete Luas da Ilha do Maio, em Cabo Verde. No ano anterior, as suas obras estiveram expostas na Casa Varela, em Pombal, numa mostra a que chamou “Identidade”.