Covid-19

Gonçalo Lopes diz que “se mandasse nas escolas de Leiria, todos os alunos já estavam em casa”

19 jan 2021 18:49

A afirmação do presidente da Câmara de Leiria foi proferida durante a reunião de executivo, realizada esta tarde, onde criticou o confinamento em vigor. “Fingimos que confinamos”, afirmou

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Gonçalo Lopes: “Fingimos que estamos a confinar. Em bom rigor, não confinámos"
Ricardo Graça
Maria Anabela Silva

“Se mandasse nas escolas de Leiria, todos os alunos já estavam em casa”, afirma o presidente da Câmara, Gonçalo Lopes que, durante a reunião de executivo desta terça-feira, criticou o confinamento em vigor.

O autarca de Leiria considera que, para achatar a curva da pandemia e “ajudar os hospitais, é “urgente recolher as crianças e jovens em casa, para fixar as pessoas” nos seus domicílios, durante as semanas que “fossem necessárias”

Durante a sessão, Gonçalo Lopes manifestou-se convicto que o actual confinamento “não vai funcionar”.

“Fingimos que estamos a confinar. Em bom rigor, não confinámos e ao não confinarmos a sério estamos a adiar o problema”, afirmou.

Na ocasião, o autarca de Leiria alertou também para a situação muito difícil que se está a viver nos lares, “atacados por surtos” e com “esgotamento” das equipas: “O nível de catástrofe nos lares é idêntico ao que se está a sentir nos hospitais.”

Também o presidente da Câmara de Óbidos veio a público, esta terça-feira, defender o encerramento das escolas. Citado por um comunicado da autarquia, Humberto Marques diz que “se queremos achatar ao máximo a curva no menor espaço de tempo, as escolas deveriam encerrar, como, de resto, se mostra pelas mais recentes projecções”.

“Lamento que até hoje a Administração Central não tenha assumido essa prioridade”, desabafa Humberto Marques, sublinhando que “há necessidade de haver apoios efectivos e céleres às famílias em caso de encerramento temporário dos estabelecimentos de ensino”.

Entretanto, hoje começaram a ser feitos testes à Covid-19 aos alunos do Agrupamento de Escolas Josefa de Óbidos. Ao todo serão 1300 alunos que farão o teste de forma voluntária e de todos os anos de escolaridade, desde os jardins-de-infância ao 12.º ano, sendo que a medida abrange também doentes e pessoal não docente, com a Câmara a disponibilizar 1500 testes antigénio de leitura rápida.

O processo é coordenado pela delegada de saúde.