Sociedade

Furto de catalisadores revolta automobilistas na região

5 ago 2021 09:57

Os catalisadores são agora um dos principais alvos dos assaltantes. A onda de furtos tem crescido e no passado fim-de-semana várias pessoas ficaram lesadas no distrito de Leiria

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Metais nobres contidos no catalisador tornam peça apetecível
DR
Daniela Franco Sousa

Os componentes preciosos contidos nos catalisadores de automóveis tornaram esta peça num dos principais alvos dos ladrões. Os furtos desta natureza têm aumentado um pouco por todo o País e no distrito de Leiria, só no passado fim-de-semana, foram vários os automobilistas lesados.

Desde o início do ano e até ontem, o Comando Distrital da PSP de Leiria tinha registado 82 ocorrências de furtos de catalisadores, mais 14 do que em todo o ano de 2020. Só no passado mês de Junho, a PSP de Leiria registou 24 furtos destas peças. Em 2019, note-se, a polícia não tinha verificado nenhuma situação do género.

“Das investigações realizadas foi possível identificar duas pessoas, sendo que uma delas foi constituída arguida. Pelas informações recolhidas, existem diversos suspeitos de vários pontos do País a praticar este tipo de crime por todo o território nacional”, nota o comando distrital.

Rui Fernandes, da Marinha Grande, estava a pescar na madrugada de sábado, junto ao Farol de São Pedro de Moel, quando lhe furtaram o catalisador do carro. Foi a única peça que levaram, mas cuja substituição, mesmo que por uma peça usada, custará cerca de 300 euros. “Volto a pescar no mesmo sítio, mas de pé atrás”, expõe Rui Fernandes, apreensivo com este tipo de crime, que também já lesou amigos seus, na Nazaré.

À janela da cozinha, Sandra Santos apercebeu-se este domingo, pelas 16.30 horas, que algo de errado se passava junto ao seu carro, estacionado na rua, na zona da Embra, na Marinha Grande. Havia uma mulher dentro de uma viatura, enquanto um homem, no exterior, examinava o carro de Sandra. E foi num ápice que este se preparou para usar uma rebarbadora.

“Como já tinha ouvido falar de furtos de catalisadores, porque aconteceu a um conhecido meu, no Vale Sepal (Leiria), comecei logo a gritar e eles fugiram”, relata Sandra,que ainda teve tempo de registar a matrícula. Sente-se “revoltada” e “insegura” numa zona da cidade que, até agora, “era tranquila”.

O episódio

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