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Fontes Sonoras. O som da aldeia segundo Berthet e Nakajima
Última apresentação pública do ciclo Fontes Sonoras em 2025 acontece neste domingo
Escutar a aldeia e activar o som que já existe, investigar a paisagem natural e a envolvente acústica, criar em diálogo com a comunidade.
Pierre Berthet (Bélgica) e Rie Nakajima (Japão) respondem à proposta da Ccer Mais / Omnichord e fecham o primeiro ciclo Fontes Sonoras com uma criação original inspirada no território em que nasce o rio Lis, que será apresentada publicamente neste domingo, 26 de Outubro, no final da residência artística que começou na segunda-feira.
Rie Nakajima, que vive em Londres, utiliza habitualmente dispositivos motorizados e artigos do quotidiano numa prática que funde escultura e som, enquanto Pierre Berthet, músico e compositor natural de Liége, com um percurso ligado à improvisação, se interessa por instrumentos criados com fios de aço e latas e mais recentemente tem explorado sonoridades produzidas por plantas secas.
Depois de participarem no festival Lisboa Soa, chegam à aldeia de Fontes, no concelho de Leiria, para mergulhar num processo de pesquisa e experimentação que tem como objectivo uma nova instalação performativa desenvolvida através de uma abordagem site specific.
Segundo a nota divulgada pela organização, Nakajima e Berthet exploram objectos que vibram, ressoam e interagem com o espaço e com o público de maneiras inesperadas. Desafiam os limites entre arte, natureza e tecnologia em criações ao mesmo tempo poéticas e experimentais que revelam a presença de forças invisíveis, como a energia dos materiais, os fluxos naturais ou as pequenas alterações do ambiente.
Este é o terceiro e último momento da temporada Fontes Sonoras, que nesta primeira edição, em 2025, sob a direcção artística de Gui Garrido e com a curadoria de Raquel Castro, contou anteriormente com os artistas Andreas Trobollowitsch, Inês Tartaruga Água e Xavier Paes.