Economia

Empresa de instrumentos médicos quer criar 500 empregos em Pataias

22 jan 2024 09:00

Empresa da Dinamarca pretende instalar-se na Zona Industrial da Alva

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Investidor pretende ocupar cerca de 17 hectares desta zona industrial
Ricardo Graça
Daniela Franco Sousa

Uma empresa dinamarquesa pretende criar uma unidade de produção de instrumentos médicos na Zona Industrial da Alva, em Pataias (concelho de Alcobaça), que, a médio prazo, poderá gerar cerca de 500 postos de trabalho.

Valter Ribeiro, presidente da União de Freguesias de Pataias e Martingança, mostra-se satisfeito com este projecto, que irá criar oportunidades de emprego neste território, bem como nos concelhos à volta de Alcobaça.

A empresa visa ocupar cerca de 17 hectares da Zona Industrial da Alva e a ideia é “avançar com a construção ainda este ano”, refere o autarca. Nesse sentido, a Assembleia Municipal de Alcobaça irá reunir-se numa sessão extraordinária, possivelmente em Fevereiro, para discutir a venda da parcela, prossegue o autarca.

Valter Ribeiro explica que são já várias as empresas de diversos sectores que ocupam aquela zona industrial, como indústrias de moldes, plástico, mobiliário, uma cadeia de supermercados, entre outros. O alargamento desta área já estava planeado, pelo que, a instalação de uma unidade desta dimensão “irá acelerar o processo”, acredita o presidente de junta.

Além deste, outros investidores têm vindo a manifestar interesse em fixar-se neste território. “A boa localização e a proximidade do cluster dos moldes, da Marinha Grande” são algumas das vantagens procuradas pelos empresários, observa o autarca.

Armanda Balinha, mediadora da imobiliária Peça Chave, de Pataias, também explica que não tem faltado interesse por parte de investidores, seja da área da construção, seja das indústrias, para apostar nesta zona. “É urgente aprovar a revisão do Plano Director Municipal para acompanhar esta evolução, este fervilhar”. É “urgente” ter um documento que permita construir e empreender, porque “a malha urbana está praticamente esgotada”, aponta a mediadora.

“Temos pavilhões na Zona Industrial da Alva, que ainda estão em construção, e já têm tido muita procura, até por parte de estrangeiros.” Entre eles, “alemães, suecos e belgas”, especifica. E nas redondezas “não há casas para vender nem para arrendar”.

“Temos um investidor belga que está interessado em construir habitações” e a vinda de uma fábrica desta dimensão pode ser a “oportunidade” pela qual esperava, considera a mediadora.

A instalação industrial desta envergadura “vai mexer com o mercado imobiliário”. No entanto, será necessário garantir casa a quem chega para trabalhar e a revisão do PDM é essencial, remata Armanda Balinha.

Carlos Guerra, vereador da oposição (Partido Socialista), salienta que a celeridade da revisão do PDM dependerá da quantidade de observações e reclamações apontadas no âmbito da consulta pública do documento.

Quanto ao projecto de construção da unidade de instrumentos médicos, uma vez declarado investimento de interesse municipal, terá facilidade em avançar, antecipa o vereador.

Contactado pelo JORNAL DE LEIRIA, o presidente da câmara, Hermínio Rodrigues, confirma a intenção da empresa dinamarquesa. Embora já tenha anunciado a intenção do investidor ao executivo, em reunião de câmara, remete para futura ocasião outros esclarecimentos adicionais.