Economia

Do fabrico de pequenas séries à peça única

23 fev 2018 00:00

Grupo Vangest, Marinha Grande, tem oito equipamentos de impressão 3D

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Daniela Franco Sousa

O grupo Vangest, da Marinha Grande, percebeu há mais de duas décadas a importância que o fabrico aditivo iria ter no futuro. Desde então já adquiriu várias impressoras 3D e produz desde pequenas séries até peças únicas.

Sérgio Martins, da Vangest, explica que o grupo percebeu em 1996, com a aquisição do primeiro equipamento, a importância do fabrico aditivo. Fosse como apoio ao desenvolvimento de novos produtos, materialização de conceitos ou aceleração do processo de industrialização. “A aquisição da nossa primeira máquina, há mais de 20 anos, resultou num muito importante esforço financeiro, mas que veio a verificarse acertado como atesta a contínua aposta que temos vindo a fazer nestas tecnologias”, salienta Sérgio Martins.

Actualmente, estão instalados nos oito edifícios do grupo oito equipamentos de impressão 3D. E, para Sérgio Martins, são já várias as características insubstituíveis do fabrico aditivo. “Apesar do crescente desenvolvimento da prototipagem virtual em que igualmente assumimos pioneirismo, existem aspectos no desenvolvimento de novos produtos que não são substituíveis.

A funcionalidade, o tacto, a noção de escala, a interacção com outros equipamentos e o meio ambiente continuam a forçar a utilização do fabrico aditivo, que cada vez mais se vai transformando em meios de produção de pequenas séries para o consumidor final”. E que tipo de produtos permite alcançar? “O limite do que no grupo Vangest temos produzido com esta tecnologia é estabelecido pela nossa própria imaginação”, nota Sérgio Martins, que dá exemplos: “As pequenas séries que são pedidas pelos nossos clientes, que podem ser unitárias, como é o caso de um portachaves desenhado e produzido para o excêntrico comprador de Bugatti ou a miniatura de yate de luxo, que é oferecido pelo construtor a cada novo cliente”.

“Esta é a direcção desta tecnologia, rumo à possibilidade de cada um de nós poder em nossas casas produzir as prendas exclusivas do próximo Natal, ou os utensílios que se adaptam a uma nova necessidade e que não se encontram disponíveis no mercado”, perspectiva Sérgio Martins.