Sociedade
Descobertas arqueológicas revelam que região era refúgio dos nossos antepassados na Idade do Gelo
Trabalho insere-se na iniciativa EcoPLis, que estuda a ocupação humana nos vales calcários da bacia hidrográfica do rio Lis
Há uma década que, todos os Verões, equipas de investigadores de vários estabelecimentos de ensino superior escavam o abrigo e gruta da Buraca da Moira, na Boa Vista, Leiria, e no vale das Chitas, no Arrabal, revelando vestígios arqueológicos de caçadores-recolectores da última Idade do Gelo.
As descobertas deste ano, focados na Boa Vista, incluem pontas de flecha, raspadores em sílex, ossos de um extinto bisonte europeu e de cavalo selvagem.
O trabalho, concretizado, nesta temporada, por 20 investigadores, insere-se na iniciativa EcoPLis, que estuda a ocupação humana nos vales calcários da bacia hidrográfica do rio Lis, durante o Pleistoceno.
Telmo Pereira, investigador que lidera a equipa, explica a importância do local.
“Leiria é um dos melhores sítios para este trabalho, com os vales estreitos da bacia do Lis que ligam as serras de Aire e de Candeeiros ao mar.”
As descobertas demonstram ocupação demorada destes sítios, com foco em dois momentos principais. O mais recuado, corresponde à última glaciação, quando o gelo cortou a meio a Europa e isolou duas grandes populações.
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