Desporto

Daniela Cardoso: “Prometi a mim mesma que jamais me iria arrepender daquela decisão”

16 nov 2018 00:00

A marchadora de Pombal saiu de circulação logo após a presença nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Dois anos depois aceitou o desafio do Sporting de Braga

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Uma carreira desportiva ao mais alto nível dificilmente termina aos 24 anos. Mas era isso que parecia que tinha sucedido com Daniela Cardoso. A atleta de Pombal havia abandonado a competição praticamente logo após a presença nos 20 quilómetros marcha dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, prova em que obteve a 37.ª posição. Pouco mais se ouviu falar dela, a não ser que tinha mudado de treinador, de Carlos Carmino para Paulo Miguel, e que estava a concluir o mestrado em Rio Maior. Até que o ambicioso Sporting de Braga, com vontade de ocupar o pódio nos campeonatos de equipas, resolveu convidá-la.

Após dois anos longe da marcha atlética, a Daniela decidiu agora regressar e vai envergar as cores do Sporting de Braga. Foram as saudades?
Apesar de ter estado afastada da marcha atlética durante duas épocas, nunca disse para mim mesma que jamais voltaria. Sempre foi uma questão em aberto. Quando me convidaram fiquei um pouco reticente, não pela proposta em si, mas por algumas inseguranças minhas. Após alguma reflexão pensei: “o que tenho a perder? Nada! Então por que não? Vamos a isto!” E no dia 15 de Outubro de 2018 disse “sim” ao Sporting de Braga.

Esta experiência vai ser diferente de tudo por que já passou?
Sim, porque nunca vivi o espírito colectivo no atletismo. Sempre treinei para objectivos individuais e agora será diferente. Sei que posso ajudar este clube nas suas aspirações e isso desafia-me bastante.

O que a fez ficar longe da modalidade depois dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016?
Não existe uma só resposta. A principal será mesmo porque me sentia cansada. Não estava a conseguir gerir isso e tudo o que tinha para resolver na minha vida. Queria terminar o mestrado em Treino Desportivo que comecei em 2013 - concluí em Setembro deste ano -, organizar alguns assuntos da minha vida pessoal e, acima de tudo, conhecer o mundo profissional. Assustava-me muito o facto de aos 24 anos - e tendo já uma licenciatura em Desporto e Bem-Estar - nunca ter tido um emprego, uma experiência profissional. Achava que quanto mais tempo passasse pior seria. Estas dúvidas andavam a tirar-me noites de sono.

Não quis empurrar as decisões para o fim da carreira desportiva.
Nunca quis acreditar muito no “ah e tal se tu tiveres uma grande carreira as portas podem abrir-se”. Como também não

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