Sociedade

D. Fuas Roupinho dá nome ao novo Airbus A330neo da TAP

5 dez 2019 19:09

Companhia aérea homenageia feitos do cavaleiro, que foi alcaide de Porto de Mós e está associado à lenda de Nossa Senhora da Nazaré.

A TAP baptizou o seu novo avião Airbus A330neo com o nome de D. Fuas Roupinho, “nobre cavaleiro do reinado de D. Afonso Henriques”, que foi alcaide de Porto de Mós e que está associado à lenda de Nossa Senhora da Nazaré. A pintura do nome na aeronave aconteceu na tarde desta terça-feira, no hangar 6 da TAP.

Com a atribuição do nome de D. Fuas Roupinho àquele Airbus, a companhia aérea pretende prestar “homenagem aos feitos” do cavaleiro, cujo nome “voará, a partir do mês de Dezembro, com outras personalidades da história de Portugal já inscritas na frota do longo curso da companhia, tais como D. Afonso Henriques, D. Dinis, D. Maria II ou Marquês de Pombal”, refere um comunicado da TAP.

“Apesar de não existirem documentos oficiais que o comprovem, esta personalidade da história portuguesa é apresentada como nobre cavaleiro da ordem dos Templários, Senhor de Porto de Mós e primeiro Almirante da Esquadra Portuguesa, tendo cumprido um importante papel na defesa do reinado de D. Afonso Henriques, de quem era conselheiro próximo”, pode ler-se naquela nota de imprensa.

No comunicado, é ainda recordada a lenda da Nazaré, que tem como protagonista D. Fuas Roupinho. Reza a lenda que numa manhã de nevoeiro na Nazaré, de 1182, D. Fuas perseguia, montado a cavalo, um veado que se dirigiu para o cimo de uma falésia e que viu desaparecer.

Segundo a lenda, quando D. Fuas deu conta, estava no topo da arriba à beira do precipício. Sobressaltado pelo perigo, o cavaleiro pediu auxilio à Nossa Senhora da Nazaré e de imediato cavalo terá fincado as patas na falésia rochosa e ficou suspenso, salvando a vida de D. Fuas. Em gratidão para com a Virgem, ordenou a construção da Ermida da Memória, que ainda hoje pode ser visitada.

Entre as proezas de D. Fuas, embora não documentadas oficialmente, “estão os combates marítimos e as acções de pirataria contra os muçulmanos, no início da década de 80 do século XII. A bravura dos seus feitos foi homenageada em versos por Luís Vaz de Camões, na sua epopeia Os Lusíadas”, acrescenta o comunicado da TAP.

Veja aqui a pintura do nome no avião.