Sociedade

Creche no hospital de Leiria procura fixar profissionais de saúde

15 set 2025 14:29

Equipamento deverá abrir portas dentro de um ano

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Foi lançada a primeira pedra da creche intermunicipal no hospital de Santo André, em Leiria, uma obra de 1,7 milhões de euros, com financiamento de 85% do Programa Regional do Centro – Centro 2030, sendo que o restante valor será assegurado pelas câmaras municipais que integram a Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria.

Com uma capacidade inicial para 46 crianças, distribuídas por 14 lugares em berçário, 14 para crianças com marcha até 24 meses e18 para crianças dos 24 aos 36 meses, a creche funcionará com horário alargado, sete dias por semana, em dois turnos, “assegurando o apoio a famílias com turnos irregulares, em particular famílias monoparentais ou sem rede de suporte familiar”, refere um comunicado da CIMRL.

A empreitada terá um prazo máximo de execução de 12 meses, prevendo-se a abertura da creche em Outubro de 2026.

Gonçalo Lopes, presidente da CIMRL, considera este um projecto "inovador", que "representa uma grande oportunidade" para transmitir "estabilidade familiar e profissional aos profissionais de saúde deste hospital”.

O também presidente da Câmara de Leiria entende que esta resposta "irá permitir atrair e fixar jovens profissionais, jovens famílias, sejam eles médicos, enfermeiros ou outro tipo de profissionais de saúde, no hospital, dando como suporte esta oferta que acaba por ser mais um argumento para encontrar em Leiria um local de trabalho em especial nestas áreas da saúde”.

Manuel Carvalho, presidente da Unidade Local de Saúde da Região de Leiria, frisa que "este projecto da creche intermunicipal traduz bem os dois valores que fazem parte da matriz do actual conselho de administração da ULSRL: o compromisso e a proximidade”.

“Compromisso, porque assumimos diariamente a responsabilidade de encontrar respostas inovadoras que melhoram a vida dos nossos profissionais, dos nossos utentes, das suas famílias. Proximidade, porque acreditamos que a saúde não se faz apenas dentro das paredes do hospital, mas sim junto das pessoas, no seu dia-a-dia, na sua comunidade”, destaca.

Para a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Rosário Palma Ramalho, “projectos como este são um valor acrescentado muito significativo em relação a todos os programas creches públicos que possam existir, porque são algo que surge a nível regional, e por verificação das necessidades nesse âmbito regional”.

A governante defende que este modelo poderia ser replicado em empresas, “porque é isso que permite mais facilmente que as mães e os pais façam a sua carreira nessa empresa, ficando tranquilas, porque têm ali, mesmo ao pé, um sítio que recebe os filhos”.

“O interessamento das instituições por aquilo que corresponde às necessidades de conciliação entre a vida profissional e familiar dos seus trabalhadores é sempre uma mais-valia. Isto é aquilo que efetivamente precisamos. Não é definir modelos públicos muito formatados à partida e esperar que todos se adaptem. É aceitar, acolher aquilo que são as iniciativas das instituições”, reforça.