Covid-19

Covid-19 dispara face a 2021 mas casos são menos graves

28 jul 2022 18:05

Estatística na região de Leiria entre os meses de Abril e Julho

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O número de casos graves diminuiu
Ricardo Graça/Arquivo

Em Abril, Maio, Junho e Julho deste ano registaram-se na região de Leiria 40.201 infecções por SARS-CoV-2, o vírus que provoca a Covid-19, contabilizando- se 73 óbitos nestes quatro meses. Em igual período de 2021, os concelhos de Batalha, Leiria, Marinha Grande, Pombal e Porto de Mós tinham somado 2.297 casos, que resultaram em duas mortes.

Os dados da Saúde Pública do Agrupamento dos Centros de Saúde (ACeS) do Pinhal Litoral, demonstram que o número de casos nos últimos quatro meses é muito superior ao registado em 2021. No entanto, Odete Mendes, coordenadora da Unidade de Saúde Pública do ACES Pinhal Litoral, diz que, com a população maioritariamente vacinada, as mortes na região de Leiria são as mais baixas da zona Centro.

“Apesar dos valores actuais, a taxa de mortalidade no ACeS Pinhal Litoral é das mais baixas na Região Centro, de acordo com os dados disponibilizados pelo Departamento de Saúde Pública da Administração Regional de Saúde do Centro, com um valor de 210,9 por 100 mil habitantes, inferior à média regional que se situa no valor de 272,9/100 mil habitantes”, revela.

Odete Mendes acrescenta que a Covid-19 mantém uma incidência muito elevada, embora com tendência decrescente. “No âmbito da área geográfica da ARS Centro e do ACeS Pinhal Litoral em todos os concelhos a tendência é fortemente decrescente.”

Segundo a coordenadora da Saúde Pública, a linhagem BA.5 da variante Omicron “continua a ser claramente dominante em Portugal e tem revelado uma maior capacidade de transmissão”, mas os dados disponibilizados mostram que, desde Maio de 2022, a tendência tem sido para a descida do número de infecções e de mortes provocadas pela Covid-19.

Como aspectos positivos da evolução da doença, Odete Mendes destaca a “elevada cobertura da vacinação na população em geral, assim como a administração da dose de reforço à população com 80 e mais anos”.

O “elevado sentido de responsabilidade das instituições, nomeadamente as que trabalham com idosos e populações mais vulneráveis, bem como de uma parte significativa da população”, contribui também para o controlo da doença.

Covid-19
População já desvaloriza
A “desvalorização” da Covid-19 e das respectivas medidas de protecção individual tem também contribuído para o contágio na sociedade. Com a redução de medidas de protecção individual, a concentração de pessoas em família e diversos eventos e a facilidade de transmissibilidade da nova variante, “era inevitável”, verificando-se “um aumento do número de infecções, ainda que dum modo geral de menor gravidade”, constata Odete Mendes.
Para prevenir algum impacto no Outono/Inverno, a vigilância da situação epidemiológica vai manter-se e dever-se-á “investir em medidas que incluem o aumento da vacinação da população, em geral, e de risco”, além do “cumprimento do uso obrigatório de máscara nos espaços e serviços definidos”. “A ventilação de espaços públicos é também relevante.”