Covid-19

Covid-19: Afluência às urgências duplica nos hospitais do Oeste, porém, os internamentos são menos

29 dez 2021 17:01

Este mês, na "urgência Covid", em Caldas da Rainha, foram atendidos 713 doentes

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Urgência de Caldas da Rainha
DR
Redacção/Agência Lusa

O Centro Hospitalar do Oeste (CHO) reportou uma duplicação do número de atendimentos na urgência Covid-19, quando comparado a igual período do ano passado, mas regista um menor número de internamentos.

A Área Dedicada a Doentes Respiratórios (ADR) da unidade de Torres Vedras do CHO, tem registado por dia uma média de 40 atendimentos, quando há um ano eram 20, disse a presidente do Conselho de Administração do CHO, Elsa Baião.

Desde o início do mês até hoje, o ADR da unidade de Caldas da Rainha, já foram atendidos este mês 713 doentes, muito acima dos 283 atendimentos verificados em Dezembro do ano passado.

Já o ADR de Torres Vedras do CHO atendeu 937 doentes, quando em igual período de 2021 foram 562.

Elsa Baião adiantou que, nas duas unidades, metade dos doentes que recorrem às "urgências Covid" recebe a pulseira verde, correspondente aos casos menos urgentes.

“Os centros de saúde desactivaram os ADR que tinham a funcionar em estruturas autónomas, apesar de manterem o atendimento a doentes Covid. Os cidadãos já têm menos receio de ir às urgências, com a evolução da pandemia, e temos alguns casos reencaminhados pela Linha Saúde 24 que não se justificavam, porque as pessoas ou não têm sintomas, ou têm patologia ligeira”, justificou a administradora.

A afluência aos ADR do CHO disparou este mês, já que em Setembro foi de 400 e 329 em Torres Vedras e em Caldas da Rainha, respectivamente, em Outubro de 487 e 398 e em Novembro de 703 e 481.

Quanto aos internamentos, o CHO tem tido ocupadas cerca de 15 das 21 camas afectas a doentes infectados pela Covid-19, registando-se, por isso, menos internamentos do que há um ano, ao atingir em Janeiro de 2020 um máximo de 144 camas e precisar de transferir doentes para outros hospitais por falta de capacidade.

“Os casos são menos graves” nesta altura em que a população se encontra vacinada contra a Covid-19, esclareceu a administradora hospitalar.

Tendo em conta as estimativas de aumento dos contágios a nível nacional, provocado pela variante Ómicron, o CHO prepara-se para reforçar os serviços, seguindo o plano de contingência delineado para a pandemia da Covid-19.

Contudo, depara-se com a falta de profissionais de saúde.

“Os nossos profissionais, à semelhança da restante população, também se encontram infectados ou a estão em isolamento por terem tido contactos de risco, assistindo-se a um número significativo de baixas”, explicou Elsa Baião.

O CHO integra os hospitais das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche, tendo uma área de influência constituída pelas populações dos concelhos das Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra.

Estes concelhos dividem-se entre os distritos de Lisboa e Leiria e representam uma população de cerca de 293 mil pessoas.