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Centro de interpretação e percurso de orientação das Grutas da Moeda

4 abr 2016 00:00

Jacinto Silva Duro

O Centro de Interpretação Científico Ambiental (CICA) das Grutas da Moeda, a pouco mais de dois quilómetros de Fátima, era já uma excelente razão para visitar as cavidades naturais descobertas em 1971, por dois caçadores que perseguiam uma raposa que se terá refugiado num algar existente no meio da então floresta de carvalhos, sobreiros e azinheiras.

Hoje, a floresta dominante, como acontece, infelizmente, em quase todo o território nacional é o inferno verde e venenoso do inflamável eucalipto, mas, junto às Grutas da Moeda ainda há, aqui e ali, sinais dessa bela e rica floresta original.

A pensar em quem gosta de passear por esses pequenos e raros bosques, o CICA juntou, no mês passado, mais uma oferta ao seu conjunto de actividades ao ar livre: um novo percurso de orientação.

“É uma actividade de equipa, de saúde, de bem-estar e de autonomia, que leva os praticantes a desenvolver a sua capacidade de leitura de cartas topográfica e interpretação do terreno”, explica Sara Leal, a responsável pelos percursos, adiantando que “quando se pratica orientação apenas deixamos para trás as pegadas.”

Porém, antes de partir para o terreno para conhecer a paisagem cársica do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC), impõe-se uma visita às salas de exposição do CICA onde podemos encontrar fósseis, minerais, rochas e uma maqueta do Maciço Calcário Estremenho, unidade geomorfológica que se estende por uma área de cerca de 75 mil hectares, entre Rio Maior a Sul e Leiria a Norte, dos quais 40 mil estão integrados no PNSAC.