Autárquicas 2025

Autárquicas: BE recandidata Célia Cavalheiro à Câmara de Pombal

20 ago 2025 17:06

Célia Cavalheiro, de 54 anos, professora de Matemática, afirmou que foi a primeira eleita do BE em Pombal, quando, em 2017, concorreu à Assembleia Municipal

autarquicas-be-recandidata-celia-cavalheiro-a-camara-de-pombal
Redacção/Agência Lusa

O Bloco de Esquerda (BE) recandidata Célia Cavalheiro à Câmara de Pombal nas eleições autárquicas, apresentando como eixos prioritários o direito à habitação, proteção do ambiente, investimento em mobilidade moderna, combate à pobreza e defesa da cultura.

Em declarações à agência Lusa, Célia Cavalheiro, de 54 anos, professora de Matemática, afirmou que foi a primeira eleita do BE em Pombal, quando, em 2017, concorreu à Assembleia Municipal.

“Orgulha-me muito esse facto e obriga-me a continuar envolvida na política local, quase como se tratasse de uma missão”, disse a militante do Bloco que, nas últimas autárquicas, em 2021, foi cabeça de lista àquela Câmara do distrito de Leiria.

Segundo Célia Cavalheiro, a candidatura quer “dar continuidade a esse projeto”, iniciado em 2017, realçando as causas que o partido defende e que fazem a “diferença na vida das pessoas, nomeadamente direito à habitação, proteção do ambiente, investimento numa mobilidade moderna, combate à pobreza e defesa da cultura”, que a candidatura apresenta como “eixos prioritários”.

Questionada sobre o número de candidaturas à Câmara de Pombal nas eleições marcadas para 12 de outubro, no total de oito, a cabeça de lista do Bloco disse ter recebido “esta notícia com alegria”.

“Quando temos um sistema que domina há mais de três décadas, haver muita variedade de partidos na luta, significa que, se calhar, as pessoas já percebem que podem e, se calhar, devem dar oportunidade a outras forças locais, para também ter intervenção política”, observou.

Célia Cavalheiro adiantou que o concelho tem “uma maioria absoluta do PSD há 32 anos”.

“É algo que corrói qualquer partido e o PSD está a ser vítima da sua perpetuação do poder com maioria absoluta durante mais de três décadas. Portanto, se calhar há muitos candidatos porque denota-se um desgaste dos fiéis escudeiros do PSD ao longo de décadas”, prosseguiu.

A candidata assinalou ainda “a entrada do Chega em Pombal”, para notar que, quando foi ao sorteio da ordem das listas, achou engraçado perceber que “nas listas do Chega só há um pombalense nas listas da Assembleia e da Câmara Municipal”.

“Isto diz um bocadinho do oportunismo de um dos oito partidos que vão concorrer”, realçou.

A candidata adiantou que gostaria também de fazer história sendo a primeira eleita do partido para a Câmara.

“Agora, como professora de Matemática, as probabilidades são quase nulas”, reconheceu, garantindo, contudo, que, “quanto mais a luta é difícil”, mais força tenta colocar nessa luta com um partido que defende “os mais fracos, classe trabalhadora, minorias, ambiente”.

Adiantando que caso seja eleita “poderia participar, de forma mais efetiva e intensa, nas políticas que governam” o município, Célia Cavalheiro assegurou que se já se dá “por feliz de falar” de temas como políticas de habitação, mobilidade ou clima.

Com a municipalização de certas áreas, as preocupações passam também pela educação, ação social, saúde, nas quais “há muito para fazer no concelho de Pombal”, acrescentou a candidata do BE.

Nas últimas eleições autárquicas, o PSD, com Pedro Pimpão, que é recandidato ao lugar, manteve a liderança da Câmara, conquistando cinco mandatos, enquanto o PS obteve dois.

São também candidatos Telmo Lopes (CDS-PP), Fernando Matos (PS), Luís Couto (movimento Pombal Independentes), Gabriel Mithá Ribeiro (Chega), Egídio Farinha (CDU) e Ricardo Santos (IL).