Entrevista

Miguel Silvestre: “Quando toca a captar investimento, é mais interessante dizer que somos o Norte de Lisboa”

14 ago 2025 08:00

O director-executivo do Parque Tecnológico de Óbidos deixa o cargo, em Outubro, para abraçar um projecto no domínio privado

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Ricardo Graça
Daniela Franco Sousa

Desde 2008, que marca imprimiu o Parque Tecnológico de Óbidos na região?
Conseguimos ter empresas de base tecnológica na região, que praticamente não existiam e que em Óbidos em particular não existiam mesmo. Conseguimos trazer para a agenda tudo o que é tecnologia, economia digital para a realidade local, que não eram temas muito falados. Conseguimos fazer, ainda que insuficientemente, uma relação com as escolas. Existem hoje, por exemplo, muito mais cursos profissionais nas dimensões tecnológicas. Quando começámos, existia muito desequilibro, muito pouca oferta nesses cursos. Grande parte desse mérito deve-se às escolas, mas há também uma questão que é fundamental, que é termos empresas e termos estágios. Conseguimos também investimento altamente qualificado para o concelho e para a região.

Ainda são uma ilha tecnológica num Oeste agrícola?
Exacto. E está na hora de mudarmos esse paradigma. É muito ligado à agricultura, ao turismo e há muito a visão de clusterização só quase nesses sectores e de esquecer os outros. O que nós estamos sempre a defender é que a região tem potencial para mais e nós temos sido peça importante, mas não queremos ser a única. Não queremos essa ideia de ser um eucalipto que seca tudo à volta. Temos procurado de tudo para que não seja essa a realidade. Podia ser confortável para nós, temos cá um universo de 70 empresas, entre Lisboa e Leiria somos talvez o centro tecnológico de maior dimensão, mas tenho a visão de que sozinhos não faz sentido.

O vosso edifício central está totalmente ocupado. Que espaço ainda têm para crescer?
Está ocupado a cem por cento e neste momento temos lista de espera. Uma questão f

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